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Infecção urinária: por que ela atinge principalmente as mulheres?

Se você sente uma dorzinha chata na hora de fazer xixi, cuidado: pode ser infecção urinária! Conheça os sintomas e as formas de tratamento e saiba como se prevenir da doença que atinge principalmente a nós, mulheres.

Sabia que quase 80% das mulheres do mundo (uma em cada cinco) terão algum episódio de infecção urinária na vida? E que cerca de um terço delas pode desenvolver infecção urinária de repetição, o que significa que a paciente terá pelo menos dois episódios de infecção urinária nos próximos seis meses ou três durante o ano? Quem garante é o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos. Absurdo, né? E essa doença, bastante comum especialmente entre as mulheres, aparece principalmente quando nosso organismo está com a imunidade baixa, facilitando a proliferação de micro-organismos.

Infecção urinária: entenda melhor por que ela acontece: Alguns fatores podem facilitar a subida das bactérias para o trato urinário, vindas da região genital. De acordo com a ginecologista e obstetra do Hospital Albert Einstein, Alessandra Bedin, traumas – como a relação sexual – stress, doenças como a anemia e a diabets são capazes de diminuir a resistência geral do organismo, aumentando nossas chances de sofrermos com este mal.

“A grande questão é o quanto as defesas local e geral do corpo são capazes de evitar a subida destas bactérias. Se a defesa está boa, o corpo está protegido. Se a defesa cai, a bactéria (principalmente de origem intestinal) acaba conseguindo chegar na bexiga, provocando a inflamação”, explica. E dependendo da força dessa bactéria, a doença pode se manifestar inclusive nos rins, causando uma infecção urinária mais séria, como as pielonefrites.

Mas porque ela é mais comum entre as mulheres? Dra. Alessandra explica que o problema se dá principalmente por causa da anatomia feminina, já que na mulher a uretra, a vagina e o ânus são muito próximos. Além disso, algumas roupas usadas principalmente pelo time feminino não deixam a região intima “respirar”, aumentando a chances das bactérias de se proliferarem. “Fases do ciclo menstrual e traumas durante a relação sexual também podem facilitar a ascensão dessas bactérias”, diz.

Todo cuidado é pouco.

Preste atenção nos fatores de risco da infecção urinária:

– Doenças debilitantes como anemia e diabetes – Tabagismo – Pouca ingestão de líquidos – Relações sexuais – Uso de absorventes íntimos – Hábitos errados de higiene (como fazer a limpeza íntima de trás para frente) – Idade avançada – Doenças que atrapalhem a função da bexiga

Sintomas da infecção urinária. Fique de olho! A ginecologista Alessandra Bedin lista os principais sintomas da infecção urinária. Atenção redobrada se você se encaixa em pelo menos três deles.

– Dor ao urinar – Dor na parte baixa do abdômen – Urgência e aumento da frequência de fazer xixi – Sensação de que “sobrou alto” após terminar de urinar – Fazer xixi aos poucos e a todo momento – Urina esbranquiçada – Febre

Atenção no diagnóstico e tratamento:

A dor é intensa, mas as formas de tratamento para infecção urinária são relativamente simples. Dra. Alessandra explica que se a infecção estiver realmente instalada, será necessário fazer uso de antibióticos. “Recomenda-se um exame de urina e uma urocultura com antibiograma para confirmar o diagnóstico. O antibiograma, aliás, será responsável por revelar a qual antibiótico a bactéria é sensível”. Porém, se ainda não há muitos sintomas ou se, por sorte, a bactéria for mais “fraca”, a ingestão de muito líquido (dois litros de água por dia), lavagem do trato urinário, ingestão de frutas cítricas e eventualmente alguns analgésicos podem ajudar no combate dos sintomas.

Prevenir ainda é o melhor remédio: A melhor solução para prevenir a infecção urinária ainda é a ingestão de muuuita água. Dra. Alessandra lembra ainda de algumas pesquisas a respeito da vitamina C e frutas ácidas, como o cranberry, por exemplo, que parecem diminuir as chances de infecção. Além disso, recomenda-se uma alimentação equilibrada, rica em verduras e frutas, e nunca (nunca mesmo!) segurar a urina por muito tempo. “Nos casos de infecção de repetição já tratamentos médicos preventivos, até mesmo com antibióticos em doses baixas e por longos períodos”, diz. Reequilibrar a flora intestinal com hábitos alimentares saudáveis e eventualmente com probióticos, muitas vezes também ajudam.

Alguns alimentos, como os integrais, ômega 3 e leite fermentado ajudam a turbinar o sistema imunológico. Até o alho, de preferência cru, é um ótimo bactericida natural, pode consumir a vontade.

E não se esqueça de fazer corretamente a higiene íntima, limpando sempre a vagina em direção ao ânus. Se possível, lave-se ou use lenços umedecidos. Urinar após as relações sexuais e usar calcinhas de algodão também ajudam a evitar a infecção urinária.

www.fabianascaranzi.com.br

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