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Fibromialgia: entenda o que é e como enfrentar a doença

Saiba mais sobre a fibromialgia, doença que causa dores no corpo todo e que é tão difícil de diagnosticar

Já ouviu falar em fibromialgia? A doença, que gera dores insuportáveis por todo o corpo e está frequentemente associada à fadiga, fraqueza, sono, dificuldade de concentração, ansiedade e depressão, é tratável, mas infelizmente não tem cura. Um dia fazendo uma aula de pilates na academia fiquei sabendo que a professora, a personal trainer Letícia Vasconcellos – sofria de fibromialgia desde pequena – Começamos a conversar sobre o assunto e quis trazer esse assunto aqui pra vocês porque muita gente pode sofrer disso mas não ser diagnosticada corretamente. Descobri que existe uma maneira de conviver com as dores e levar a vida de forma normal. Dá uma olhada na história de vida da Letícia logo abaixo!

Gente como a gente Letícia sempre foi uma criança ativa. Aos nove anos já praticava atividades físicas como ballet e jazz, mas diferente das outras alunas, ela sempre se machucava. Suas dores nos joelhos e tornozelos eram constantes, mas os médicos acreditavam que não passavam de dores de crescimentos, ou desequilíbrio muscular por causa do ballet.

Foi durante a faculdade de Educação Física que a situação piorou. Letícia passou a apresentar problemas de joelho e lombalgia, ficando até mesmo sem andar. Com seus exames de sangue e imagem dando normal, não demorou até Letícia ser diagnosticada com depressão. “Tinha dores generalizadas e muito cansaço físico. Passei por reumatologistas, ortopedistas, fisioterapeutas e até médicos especialistas em sono para entender a causa das minhas dores constantes por todo o corpo”.

Letícia tinha dificuldades para trabalhar porque não conseguia dormir durante a noite. Em muitos casos, deixava de trabalhar por causa da dor intensa. Com isso, perdeu alunos e enfrentou muitos preconceitos de quem achava que sua dor era, na verdade, preguiça. E foi por causa da dor constante, que mais parecia com um beliscão, que a personal passou a tomar antidepressivos.

Exercícios, como o pilates, ajudam Letícia a melhorar dores e fadiga

Foi somente em 2011 que um reumatologista diagnosticou Letícia com fibromialgia. Em um tratamento que durou três meses, ela tomou medicamentos para dormir, acordar e se manter acordada. Com drogas tão fortes, não demorou até que ela engordasse e não tivesse disposição para mais nada. “Se eu fizesse uma hora de exercícios físicos leves, precisava ficar quatro dias em casa me recuperando. A combinação desses remédios com analgésicos e anti-inflamatórios me deixavam dopada.

Não estava valendo a pena”.

Em 2012, ao passar com o fisiatra dr. Malcon Botteon, Letícia passou a ter uma nova visão para o problema. Sua fibromialgia foi tratada com ansiolíticos, relaxante muscular e analgésicos. Para seus problemas de fadiga, seu médico recomendou suplementação e uma sobrecarga de testosterona por dois meses.

Letícia passou ainda por tratamento chamado “agulhamento seco”, que consiste em aplicar uma agulha tipo acupuntura, mas um pouco maior, no músculo onde existe o ponto de tensão. Esse agulhamento alivia tensão, diminui dores, relaxa os pontos de tensão e melhora a circulação. A personal passou também por psicoterapia e massagens. Em casa, ela intensifica seu tratamento com bolsas de água quente. “Todo dia preciso tomar esses cuidados, principalmente se sinto uma crise de aproximando”.

Letícia durante uma sessão de agulhamento seco!

Hoje, aos 32 anos, a personal, que se especializou em exercícios físicos voltados para a dor e ajuda pessoas que também sofrem de fibromialgia, dores de coluna ou na articulação, tem uma vida normal e consegue fazer de tudo, desde que com moderação. “A dor acaba tirando nossa vontade até de sair da cama. É preciso se forçar a fazer bolsas de água quente, alongamento. O apoio da família é muito importante. Por muito tempo sofri de fadiga crônica e dores pélvicas, tanto que não conseguia nem ter relações sexuais com meu marido. Ele foi uma pessoa maravilhosa e me deu todo o apoio que eu precisava”.

Infelizmente, o INSS ainda não reconhece essa doença e quem sofre de fibromialgia não tem o direito que tirar licença para se tratar. Portanto, o melhor é manter uma alimentação saudável (Letícia recomenta a paleolítica, que consiste em se alimentar apenas com o que é natural e não possui conservantes!), além de praticar exercícios leves, fazer acupuntura e pilates. Além de amenizar as dores, eles melhoram a disposição, o humor e o cansaço. A dor estará sempre presente, mas com esses pequenos cuidados, é possível ser feliz e ter uma vida normal.

Entendendo a doença Conversei com o dr. Malcon Botteon, especializado em medicina do esporte e fisiatria – e que cuidou da fibromialgia da Letícia – que me explicasse um pouquinho sobre a doença.

A fibromialgia atinge preferencialmente mulheres com mais de 30 anos, pode aparecer através de dores crônicas (mais de três meses) generalizadas ou migratórias, onde a cada momento dói um lugar diferente do corpo. A intensidade da dor também é variável e depende de vários fatores. Não consegue imaginar? Tente compará-la com dores musculares constantes!

A doença, que não aparece através de exames, normalmente é diagnosticada apenas após a exclusão de outras causas possíveis. “Se mal tratada, a fibromialgia traz má qualidade de vida ao paciente, afetando, inclusive suas relações sociais e profissionais”, ressalta dr. Malcon.

Infelizmente, a fibromialgia não tem cura, mas de acordo com o fisiatra, ela pode ser tratável com abordagem multidisciplinar, atendimentos em médico especialista em dor, fisioterapia e adequação de qualidade e quantidade do sono. Exercícios físicos, psicoterapia e acupuntura também apresentam bons resultados para quem sofre com a doença.

Se a intenção é prevenir a fibromialgia, dr. Malcon Botteon alerta sobre a necessidade de fugir do sedentarismo. “É necessário também ter sono regular, evitar stress emocional e ansiedade e fazer exercícios físicos moderados regularmente”. Na cozinha, procure sempre se alimentar de forma saudável, fugindo de alimentos industrializados e com alto teor de gordura trans.

matéria do site www.fabianascaranzi.com.br

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