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Depressão! Entenda as causas, sintomas e tratamentos

Sabia que dos 17 milhões de brasileiros que sofrem desse mal, quase dois terços são mulheres? E as estatísticas não param por aí: estima-se que até 2020 a depressão será o segundo maior problema de saúde pública do mundo, perdendo apenas para doenças cardíacas. Mas você não precisa ter medo! Fazendo o diagnóstico precoce e tratamento certo, você pode se manter afastada desse número ou até a sair dele

Depressão é uma doença séria e precisa ser diagnosticada o quanto antes!

É natural se sentir triste ou chateada uma vez ou outra na vida, afinal não estamos imunes a certas fatalidades: perda de uma pessoa querida, demissão no emprego, dívidas… São esses acontecimentos que te dão o total direito de chorar, ficar de mau humor, ou até sentir vontade de passar a tarde embaixo do edredom, devorando uma barra de chocolates como se não houvesse amanhã. Mas o natural é que esse desânimo passe com o decorrer dos dias e que em uma semana você esteja dando a volta por cima. A depressão só entra em cena quando o sofrimento vem sem causa aparente ou se é desproporcional ao motivo que o disparou, arrastando-se por meses ou até anos! De acordo com Elton Yoji Kanomata, psiquiatra do Núcleo de Medicina Psicossomática e Psiquiatria do Hospital Israelita Albert Einstein, é durante a fase pós-parto ou na perimenopausa que as mulheres se encontram mais vulneráveis para apresentar quadros de depressão. “Durante essa fase, a mulher apresenta instabilidade de humor e comportamento, além de descreverem episódios depressivos”, ressalta. A explicação científica é simples: a queda do estrogênio (hormônio sexual feminino produzido pelos ovários) provoca irritabilidade, tristeza, sensibilidade e mau humor, agravando os quadros de depressão em quem está passando por uma fase conturbada ou sofreu um grande baque na vida há pouco tempo.

Sintomas clássicos Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), vários sinais vêm à tona quando a pessoa está com depressão. Fica atenta aos 10 sintomas mais comuns.

– Tristeza profunda sem motivo aparente – Pessimismo em todas as áreas da vida – Isolamento no trabalho, na família e os círculos sociais – Baixa autoestima – Dor muscular crônica – Falta ou excesso de apetite – Perda da libido ou diminuição do desejo sexual – Sensação de culpa – Distúrbio do sono e fadiga – Dificuldade de raciocínio e concentração

A atenção deve ser redobrada se a pessoa apresentar três ou mais sintomas. Neste caso, o ideal é procurar ajuda profissional. Em muitos casos, quem sofre com a doença é incapaz de notar as alterações no seu comportamento e, dificilmente conseguirá reverter a situação sozinho.

Fatores de risco

Genética: De acordo com Elton, diversos estudos comprovam que a depressão se desenvolveu em maior risco em pessoas que possuem um histórico familiar ligo à doença. “No caso de mulheres de meia-idade, este risco acaba sendo três vezes maior quando comparada àquelas sem histórico familiar para depressão”, diz.

Fatores ambientais: Normalmente, a causa para a depressão é decorrente de um fenômeno que envolve fatores biológicos, genéticos, psicológicos, ambientais e sociais. Por isso, para o psiquiatra, somente os fatores ambientais – como a perda de emprego ou divórcio – não podem ser considerados como as principais causas da doença, mas sim um de seus fatores. “É preciso avaliar também a resiliência da pessoa frente ao problema que está enfrentando, além da situação em si e o modo como é confrontada.”

Alterações hormonais: Mais do que a queda do estrogênio durante a TPM, a gestação ou a menopausa, capaz de deixar a mulher irritada, sensível e com a autoestima lá embaixo, remédios para emagrecer ou estimulantes e deitas radicais – carentes em vitaminas, minerais e até gorduras – mexem com os hormônios e podem potencializar ou adiantar um desequilíbrio que seria natural apenas na fase reprodutiva.

Tratamentos

Diagnóstico precoce: O ideal é identificar a doença o quanto antes e assim buscar o tratamento adequado. Portanto, deixe de lado qualquer preconceito e peça ajuda, nem que em um primeiro momento seja apenas de amigos e parentes. Eles ficarão atentos se os seus sintomas estão se agravando e te ajudarão a procurar um especialista capaz de tratar o problema.

Reposição hormonal: A maior parte dos tratamentos contra depressão está diretamente ligado ao aumento da serotonina no organismo da mulher, já que é esse o neurotransmissor responsável pela sensação de prazer e felicidade.

Medicamentos: Existem mais de 36 tipos de antidepressivos disponíveis no mercado, mas somente o psiquiatra é capaz de recomendar a versão certa para cada caso, bem como a dose e a periodicidade do tratamento.

Psicoterapia ou Terapia Comportamental Cognitiva (TCC): O acompanhamento psicológico faz com que a pessoa tenha consciência do drama que está enfrentando e aprenda a gerenciar melhor seus conflitos e os sintomas da crise. No caso da TCC, sessões com o psiquiatra vão estimular o paciente a desabafar e a mudar aquelas visões muitas vezes distorcidas da realidade, mudando sua maneira de pensar e agir.

Prevenção

Atividade física, meditação e ioga: Já notou como você sai animada e eufórica da academia? Elton explica que isso acontece porque o exercício aeróbico libera endorfina, que resulta na sensação de prazer e bem-estar, diminuindo a possibilidade de sentimentos de mágoa que levam à depressão. Já exercícios como a meditação e a ioga controlam a respiração e a ansiedade, aumentando nossa consciência corporal e dissipando, pouco a pouco, nossas visões negativas. Na ioga, ainda temos a vantagem do alongamento, que, se feito regularmente passará a agir diretamente no nosso sistema nervoso central, proporcionando calma e a sensação de relaxamento.

Alimentação saudável: Pesquisadores da Universidade de Melbourne, na Austrália constataram que a alimentação a base de hambúrgueres, pão branco, batata frita e açúcar está associada a probabilidade de 50% de desenvolver transtornos depressivos. Já quem se alimenta de forma equilibrada, tendo em sua dieta alimentos como hortaliças, frutas, grãos integrais e carnes magras, é 30% menos provável de desenvolver depressão.

Fim do sedentarismo e de vícios como álcool e cigarro: Substâncias nocivas, como a cafeína, nicotina, estimulantes e até inibidores de apetite agem negativamente no cérebro, modificando nossos neurotransmissores, gerando a sensação de prazer instantâneo, mas de melancolia a longo prazo.

Acupuntura: De acordo com um estudo apresentado pela Universidade Stanford, nos Estados Unidos, a técnica milenar chinesa que aplica agulhas nos pontos de tensão do corpo, melhorou em até 50% os sintomas de depressão nas 52 mulheres que participaram da pesquisa durante 12 sessões de 25 minutos cada.

Trabalho voluntário: Além de melhorar a memória, pacientes depressivos que atuam como voluntariados se distraem mais facilmente além de passarem a praticar o altruísmo, reduzindo sua cota de stress negativo. Tem coisa melhor do fazer o bem para você e os outros de uma vez só?

matéria do site www.fabianascaranzi.com.br

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