NUTRIÇÃO | ESTERÓIDES ANDROGÊNICOS ANABÓLICOS MATÉRIAS - SAÚDE por Dra. Ingrid Seiler Prior*

Os esteróides são derivados sintéticos do hormônio masculino testosterona. A princípio foram criados para uso terapêutico em homens cujos hormônios sexuais encontram-se em níveis inferiores aos normais, e em deficiências nutricionais crônicas ou aidéticos terminais. Porém, começaram a serem utilizados por atletas e freqüentadores de academias com o intuito de se ganhar massa muscular de forma rápida.

A testosterona, porém, também possui efeitos androgênicos: em homens pode levar à calvície, aumento de pêlos no corpo e face e ginecomastia (aumento do tecido mamário); em mulheres leva à perda de cabelos, surgimento de pêlos no rosto e aumento do clitóris; em ambos os sexos leva a um aumento de acne e engrossamento da voz. Não existe nenhum tipo de esteróide que contenha baixos níveis androgênicos e altos níveis anabólicos, então normalmente utilizam-se dois ou mais tipos de drogas, na tentativa de se diminuir os efeitos androgênicos do hormônio. Existem relatos do uso de até seis drogas por ciclo, atingindo-se uma quantidade até 100 vezes maior que o corpo masculino normalmente produziria. Como resultado, o corpo entende que não precisa mais produzir o hormônio de forma natural. Vários são os riscos associados à utilização do hormônio: Efeitos colaterais reversíveis: Aumento do colesterol ruim e diminuição do bom; Aumento da pressão arterial; Agressividade; Tumor no fígado e na próstata; Efeitos colaterais irreversíveis: Atrofia testicular; Infertilidade; Diminuição do colágeno em tecidos de sustentação. Será que vale a pena correr tantos riscos para a saúde somente por estética?

* Artigo escrito pela colunista Dra. Ingrid Seiler Prior | Nutricionista especialista em Fisiologia do Exercício pela Universidade Gama Filho e em Obesidade e Emagrecimento pela Universidade Federal de São Paulo. Docente do curso técnico de Nutrição no Colégio Marquês de Olinda.

* Matéria do site: www.julianagoes.com.br