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Doença Celíaca: Guia Com Sintomas, Causas E Tratamento


Antes de falar sobre a doença celíaca, acho fundamental contar para você um pouco mais sobre a minha história. Caso você se pergunte o porquê disso, eu explico…

Quando eu ainda cursava a faculdade de medicina, tive uma surpresa que mudou completamente a minha vida. Pois é, eu fui surpreendido com o diagnóstico da doença celíaca!

Os exames mostraram algo que eu não queria ver, uma degeneração da mucosa duodenal estava muito avançada com pontos de sangramento, no mesmo momento já fui orientado a suspender o glúten da minha dieta e nunca mais voltar a consumi-lo.

Apesar do baque e do medo inicial, essa nova fase da minha vida foi uma dádiva. Resolvi encarar esse diagnóstico como uma porta, uma travessia para uma vida mais saudável que mudou toda a minha forma de pensar e encarar minha alimentação.

Acabei mudando os rumos que gostaria de seguir na medicina, e hoje estudo e compartilho informações sobre a doença celíaca.

Resolvi seguir essa área porque muito além de me curar e entender todos os problemas que envolvem o glúten, eu queria ajudar milhares de pessoas. Graças a Deus estou trilhando esse caminho com a ajuda de uma corrente do bem, sempre tão participativos nas redes sociais e interessados.

Peço, então, que leia e compartilhe esse artigo, para que estas informações cheguem a mais e mais pessoas.

Doença Celíaca?

Muito se tem falado sobre o Glúten, mas você sabe quais são as suas consequências? Muito além da sensibilidade, a doença causada pela intolerância ao glúten, a doença celíaca, atinge hoje de 1% a 2% da população Brasileira.

Ela é causada pela intolerância ao glúten, uma proteína encontrada no trigo, aveia, cevada, centeio e seus derivados, como massas, pizzas, bolos, pães, biscoitos, cerveja, uísque, vodka e alguns doces (é verdade, o glúten está muito presente na alimentação da maioria das pessoas).

A doença celíaca é uma condição crônica, autoimune, que afeta o intestino delgado de pessoas geneticamente predispostos. Seu desenvolvimento na grande maioria dos casos se inicia na infância, com crianças de 1 e 3 anos, mas pode surgir em qualquer idade, inclusive em adultos.

Quem sofre com essa condição, quando exposto ao glúten, o organismo não consegue absorver os nutrientes dos alimentos, vitaminas, sais minerais e água da maneira ideal.

Sintomas Da Doença Celíaca

O quadro clínico da doença pode se manifestar com ou sem sintomas. E os sintomas e sinais podem variar de pessoa para pessoa, no entanto, fique atento aos mais comuns:

  • Diarreia crônica (que dura mais de 30 dias);

  • Prisão de ventre;

  • Anemia;

  • Falta de apetite;

  • Vômitos;

  • Emagrecimento / obesidade;

  • Atraso no crescimento;

  • Humor alterado: irritabilidade ou desânimo;

  • Distensão abdominal (barriga inchada);

  • Dor abdominal;

  • Flatulência

  • Aftas de repetição;

  • Lesões na pele;

  • Infertilidade;

  • Osteoporose / osteopenia.

Mas é importante lembrar que algumas pessoas com doença celíaca não apresentam sintomas ao serem diagnosticadas.

Diagnóstico Da Doença Celíaca

O diagnóstico da doença pode ser difícil e demorado, pois os sintomas são muito variados e constantemente associados com outras doenças.

A demora no diagnóstico leva a deficiências no desenvolvimento da criança. Em alguns casos se manifesta somente na idade adulta, dependendo do grau de intolerância ao glúten, afetando homens e mulheres.

Mas os principais exames para diagnóstico da doença celíaca são:

>> Exames de sangue com dosagem de anticorpos específicos para a doença (ex: Antiendomísio e Antitransglutaminase);

>> Biópsia do intestino delgado realizada durante exame de endoscopia digestiva. Neste exame observa-se atrofia da mucosa do intestino e aumento no número de células inflamatórias (linfócitos) no intestino do paciente.

Tratamento Da Doença Celíaca

A dieta sem glúten é o único tratamento possível para a doença celíaca.

Quando a proteína (glúten) é excluída da alimentação os sintomas desaparecem. No entanto, a maior dificuldade para os pacientes é conviver com as restrições impostas pelos novos hábitos alimentares. A doença celíaca não tem cura, por isso, a dieta deve ser seguida rigorosamente pelo resto da vida.

O paciente celíaco que continuar ingerindo alimentos com glúten apresenta maior risco de desenvolver outras doenças, como doenças de tireoide, fígado, rins e pele.

É importante que os celíacos fiquem atentos também à possibilidade de desenvolver câncer de intestino e a ter problemas de infertilidade.

Alimentos Permitidos Para Celíacos

Atualmente, não há nenhuma cura conhecida para a doença celíaca, razão pela qual é considerada crônica. A melhor maneira de gerenciar os sintomas da doença celíaca e prevenir futuros problemas de saúde é seguir uma dieta sem glúten rigorosa.

É necessário ainda cuidar da função imunológica do seu organismo através da prevenção de deficiências de nutrientes, reduzindo o estresse e dormindo horas suficientes de sono.

O foco de uma dieta de doença celíaca deve incluir mais alimentos anti-inflamatórios e saudáveis, a fim de reparar o aparelho digestivo/trato gastrointestinal e curar qualquer deficiência de nutrientes. Estes alimentos incluem produtos orgânicos de origem animal, kefir e os seus derivados, legumes, frutas, nozes, sementes e alimentos probióticos.

Como o glúten está “escondido” em vários alimentos industrializados e processados, é recomendado que o doente celíaco conheça quais são as opções de alimentos seguros e inseguros para sua condição.

Entre os alimentos liberados, estão:

  • Farinhas: de coco, linhaça e outros;

  • Semente de linhaça, semente de chia e outros;

  • Gorduras: nozes;

  • Frutas: todas, ao natural e suco;

  • Manteiga;

  • Kefir ( é um leite fermentado produzido a partir da ação dos micro-organismos presentes naturalmente nos grãos de kefir) e derivados;

  • Hortaliças e leguminosas: folhas, cenoura, tomate, vagem, grão de bico, ervilha, lentilha, e outros;

  • Carnes e ovos: aves, suínos, bovinos, caprinos, miúdos, peixes, frutos do mar.

O Que Os Celíacos Não Devem Comer?

Ao ser diagnosticado como celíaco, a atitude mais importante que você deve ter é evitar todos os produtos que contenham trigo, cevada ou centeio.

O glúten constitui cerca de 80% da proteína encontrada nesses três grãos.

Além de evitar comer esses grãos em grãos inteiros ou formas de farinha, você precisa ter muito cuidado com o consumo de alimentos embalados em geral, e também alimentos preparados no restaurante, uma vez que muitos têm vestígios de trigo ou glúten espreita neles.

Alimentos que contêm glúten para evitar uma dieta de doença celíaca incluem:

  • Todos os produtos que contenham trigo, cevada, centeio. Leia cuidadosamente os rótulos dos ingredientes e procure por qualquer tipo de trigo, espelta, sêmola, centeio, cevada e até mesmo aveia.

  • Alimentos de carboidratos processados: Estes são muitas vezes feitos com farinha de trigo refinado, mas mesmo aqueles que não são predominantemente baseados em trigo pode ter glúten, porque alguns grãos sem glúten podem experimentar a contaminação cruzada durante a fabricação. Exemplos de carboidratos processados para evitar incluem pães, massas, biscoitos, bolos, barras de cereais, cereais, bolos, tortas, farinhas de panificação e assim por diante.

  • A maioria das farinhas: farinhas de trigo e produtos que incluem farelo, farinha de trigo, farinha de trigo duro e farinha branca.

  • Cerveja e bebidas alcoólicas de malte: são feitas com cevada ou trigo.

  • Grãos Sem Glúten (em alguns casos): Devido à contaminação cruzada durante a fabricação, alguns grãos que não contêm glúten, por vezes, podem conter pequenas quantidades dela. Tenha cuidado com embalagens que indicam “sem trigo”, pois isso não significa necessariamente “sem glúten”.

  • Produtos processados que são rotulados como “sem glúten” também não são boas escolhas, uma vez que eles possuem poucos nutrientes disponíveis e muitos ingredientes sintéticos para compensar o sabor e textura perdidos.

  • Condimentos e molhos engarrafados: É importante ler os rótulos dos alimentos com muito cuidado e evitar produtos feitos com ingredientes aditivos que contenham até pequenos vestígios de glúten. O trigo é agora quimicamente transformado em conservantes, estabilizadores e outros aditivos que são utilizados em produtos líquidos. Estes incluem quaisquer condimentos feitos com quase todos os produtos de farinha, molho de soja, molhos para saladas ou marinadas, maltes, xaropes, dextrina e amido.

  • Gorduras processadas: aqui incluem óleos hidrogenados e parcialmente hidrogenados, gorduras trans e óleos vegetais que aumentam a inflamação, incluindo óleo de milho, óleo de soja e óleo de canola.

  • Açúcares adicionados: Alta em calorias, eles podem piorar a inflamação e diminuir os nutrientes do seu corpo.

Para que a pessoa celíaca tenha mais qualidade de vida e não corra riscos de desenvolver sintomas agravantes, é necessário que ela restrinja da sua alimentação os alimentos citados acima.

Sensibilidade Ao Glúten X Doença Celíaca

A sensibilidade ao glúten é diferente da doença celíaca.

Algumas pesquisas sugerem que, para cada pessoa diagnosticada com doença celíaca, outros seis pacientes apresentam problemas no intestino relacionados ao glúten.

Em outras palavras, você pode não ter doença celíaca, mas ter uma alergia ao glúten.

No entanto, hoje os estudos de pesquisa em andamento, mostram que os sintomas de sensibilidade ao glúten não são tão bem definidos.

A verdade é que algumas pessoas não têm doença celíaca, mas se sentem melhores quando evitam ingerir glúten.

Os sintomas da sensibilidade ao glúten são comuns e podem incluir:

  • Sintomas digestivos, incluindo dor abdominal, cólicas, inchaço, constipação ou diarreia

  • “Nevoeiro cerebral”, dificuldade de concentração e dificuldade em lembrar informações

  • Dores de cabeça frequentes

  • Alterações relacionadas ao humor, incluindo ansiedade e aumento dos sintomas de depressão

  • Níveis baixos de energia e síndrome de fadiga crônica

  • Dores musculares e articulares

  • Entorpecimento e formigamento nos braços e nas pernas

  • Problemas reprodutivos e infertilidade

  • Problemas de pele, incluindo dermatite, eczema, rosácea e erupções cutâneas

  • Deficiências de nutrientes, incluindo anemia (deficiência de ferro)

  • Maior risco de dificuldades de aprendizagem, incluindo autismo e TDAH

  • Possivelmente um maior risco de doenças neurológicas e psiquiátricas, incluindo Alzheimer, demência e esquizofrenia

Como o glúten é capaz de causar tantos problemas diferentes? Preocupantes, certo?!

Ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, intolerância ao glúten (e doença celíaca) é muito mais do que apenas um problema digestivo. Isso porque a pesquisa sugere que o glúten pode realmente causar mudanças significativas na microbiota intestinal – um grande problema, considerando que nossa saúde geral depende muito da saúde do nosso intestino.

A intolerância ao glúten pode afetar quase todas as células, tecidos e sistema no corpo, uma vez que as bactérias que povoam o intestino ajudam a controlar tudo, desde a absorção de nutrientes e a produção de hormônios até a função metabólica e os processos cognitivos.

Cuidados Especiais Para Os Celíacos

Qualquer quantidade de glúten, por mínima que seja, é prejudicial para o celíaco. Por isso, alguns cuidados são necessários:

  1. Atenção ao rótulo de produtos industrializados em geral. A lei federal nº 10674, de 2003, determina que todas as empresas que produzem alimentos precisam informar obrigatoriamente em seus rótulos se aquele produto “Contém Glúten” ou “Não Contém Glúten;

  2. Leia com atenção todos os rótulos ou embalagens de produtos industrializados e, em caso de dúvida, consulte o fabricante;

  3. Não use óleos onde foram fritos empanados com farinha de trigo ou farinha de rosca (feita de pão torrado);

  4. Tenha cuidado com temperos de carnes industrializados, pois muitos contêm glúten;

  5. Não utilize as farinhas proibidas para polvilhar assadeiras ou formas;

  6. Separe uma esponja ou bucha para lavar os utensílios de preparação sem glúten. Sempre lave bem toda a louça para não haver contaminação;

  7. Não coloque no forno ao mesmo tempo alimento com e sem glúten;

  8. Alguns medicamentos podem conter farinha de trigo na composição, procure entrar em contato com o fabricante;

  9. Aos católicos é sugerida a comunhão na espécie do vinho, já que hóstia contém glúten;

  10. Na escola, nunca separe a criança celíaca dos demais colegas na hora das refeições;

  11. O celíaco pode e deve fazer os mesmos exercícios que seus colegas.

Em caso de dúvidas, procure sempre orientação médica. E continue as minhas redes sociais para ter acesso a mais conteúdos sobre o Glúten e suas consequências.

Espero, sinceramente, que este artigo tenha aberto os seus olhos para os perigos do Glúten.

Muitos pensam que o Glúten só não deve ser consumido por pessoas celíacas ou com intolerância, mas isso não é necessariamente verdade. Todos podem se beneficiar de uma alimentação livre de glúten!

Claro, porque uma alimentação livre de glúten significa ter uma alimentação de verdade. E uma alimentação de verdade traz inúmeros benefícios para a sua saúde. Por outro lado, uma alimentação rica em glúten e em alimentos processados e açucarados, te mantém acima do peso e doente.

Mas mesmo que você consuma de vez em quando alguns alimentos naturais, isso não é bastante para garantir a boa saúde e prevenir doenças. E se você costuma comer alimentos industrializados e processados, está à um passo ver a sua saúde minguar aos poucos.

Esse é o momento de transformar a sua saúde de forma efetiva! Eu trago a revolução da saúde, um projeto que pretende mudar a cara da alimentação e da saúde no Brasil! Você, os seus filhos e toda a família merecem uma transformação na saúde que realmente seja eficaz!

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