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“Precisamos aprender a não fazer nada”, diz estudo

Nunca foi tão difícil não fazer nada! Agora, a ciência explica porque é tão importante tirar alguns minutinhos para se desligar do mundo e refletir sobre suas ideias e pensamentos.

Antes de começar a ler essa matéria, pare para pensar: quantas vezes, na última semana, você se permitiu não fazer absolutamente nada e se entregar unicamente aos seus próprios pensamentos?!

Quando eu digo “não fazer nada”, não significa deitar no sofá para assistir um filme ou passar horas no celular conferindo todas as suas redes sociais. A ideia da procrastinação vai além: é se permitir passar pelo menos alguns minutos em paz, longe de qualquer distração, alinhando suas ideias, pensamentos, trabalhando a respiração…

Hoje, não conseguimos relaxar nem mesmo durante longas horas dentro de um avião. Precisamos de filmes, livros, jogos em tablets e computadores. Qualquer coisa que nos tire do tédio da difícil missão de não fazer nada.

Preocupados com essa inquietação e desconfiados de que estamos perdendo a capacidade de nos entretermos com nossos próprios pensamentos, pesquisadores da Universidade de Virgínia, nos Estados Unidos, fizeram uma série de onze experimentos em que participantes precisavam ficar entre seis e quinze minutos sem contato a nenhuma distração. Parece difícil, né?

E o resultado foi ainda mais alarmante: em todos eles, a maioria das pessoas relatou uma dificuldade enorme em cumprir a tarefa. Nos testes feitos em casa, 32% admitiram ter trapaceado e dado uma rápida checadinha no telefone ou outro aparelho eletrônico enquanto deveriam estar longe de qualquer distração.

Um dos estudos da série dava aos participantes a opção de apertar um botão enquanto estivessem sozinhos. Como resultado, eles sentiriam um dolorido eletrochoque que todos precisaram experimentar antes de vivenciar os minutos de tédio. E veio daí o resultado mais surpreendente de toda a pesquisa: mesmo entre aqueles que, antes do experimento, disseram que pagariam para não sentir novamente o choque, um quarto das mulheres e dois terços dos homens acabaram apertando o botão mais algumas vezes, simplesmente para escapar da opção aparentemente mais insuportável: não fazer nada!

O que isso significa? O estudo realizado na Universidade de Virgínea deixa clara a extrema dificuldade do ser humano em relaxar e procrastinar e, como já era de se esperar, a tecnologia é a grande culpada. Num mundo onde os smartphones contribuem para tornar o tédio mais dolorido que um eletrochoque, celulares, tablets e computadores alimentam a crença de que o ser humano fica desconfortável durante momentos de introspecção.

A importância do “não fazer nada” Pode até parecer que nossa rotina corrida não permite esse tempo de reflexão e controle sobre os próprios pensamentos, mas a ciência garante que esse momento prolongado de atenção concentrada é extremamente importante e cada vez mais raro.

Novos estudos mostram que o tempo de atenção que dedicamos a informações disponíveis na internet está caindo. De acordo com o Statistics Brain, atualmente apenas 4% das visualizações em páginas da internet duram mais de 10 minutos. Essa impaciência resulta em grandes prejuízos na aprendizagem e na produtividade.

Segundo o neurocientista Daniel Levitin, autor americano e escritor do best-seller “A Mente Organizada” (editora Objetiva), absorvemos por dia uma quantidade cinco vezes maior de informações que a há 30 anos. E por não sermos capazes de selecionar os fatos de acordo com sua relevância e meios de aplicação, de analisar cada um deles e refletir, eles se mantêm “no campo raso das ideias que não se transformam em conhecimento e logo são apagadas”.

Para que essa chuva de informações se transformem de fato em conhecimento e sabedoria, não tem jeito: Daniel Levitin garante que é preciso muito tempo, atenção e principalmente reflexão! Passar alguns minutos do dia sozinha, desligar todos os aparelhos eletrônicos, meditar, curtir a natureza ou não fazer nada são formas eficazes de exercitar nosso cérebro sobre os próprios pensamentos, atenção e armazenamento de informações. Como resultado, melhoramos nossa capacidade de foco, concentração, memória e produtividade.

Mas, atenção: ele alerta também que ao entrar em contato com seu eu interior, essa introspecção pode causar melancolia e revelar nossas fraquezas e inseguranças. Entretanto, essa auto avaliação é fundamental para alcançarmos o autoconhecimento – caminho tão importante para a realização pessoal e para o sucesso, inclusive profissional!

Que tal tirar um tempinho na agenda hoje para praticar esse exercícios de técnica *mindfulness? Você vai se sentir bem melhor. Pode apostar!

*Fonte: huffpostbrasil.com

 

*Um pequeno exercício de Mindfulness: Reserve 30 segundos para cada um dos seguintes passos;Faça isso 3 vezes ao dia;

1- Pare no meio de alguma atividade cotidiana. Traga a atenção para a sua respiração, nas sensações em volta do seu estomago, a maneira que ele infla quando inspiramos, a sua volta a posição original quando expiramos.

2- Sinta as sensações corporais que ocorrem nesse momento, tensões musculares, dores, qualquer sensação e não tente modifica-la, apenas tome nota da sua sensação.

3- Tome nota das sensações que você esteja experienciando, por exemplo: “Estou agitado” ou “Há agitação”. Não tente modifica-la, aceite-a.

4- Traga a sua atenção ao seu corpo, às sensações e como você esta as experienciando. Conecte-se com elas, sem julgar ou comentar e apenas respire com elas. Permita-se apenas estar e relaxar com qualquer coisa que esteja presente.

** esse exercício a cima não faz parte da matéria da Fabiana Scaranzi. Foi retirado do site: www.iniciativamindfulness.com.br

 
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