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Entenda como você cria os fracassos da sua vida

A raiva é uma forma de escapar do confronto de conteúdos negados dentro de si.

Na psicologia a ira é uma energia conhecida como pulsão de morte, de destruição. É ela a causa dos fracassos, acidentes, doenças e perdas. Não existe outra energia que cause a destruição que não seja a raiva. O fato é que nem sempre essa energia está visível, podendo esconder-se de tal forma que fica difícil para a pessoa perceber que as situações desastrosas de sua vida estão relacionadas a uma possível raiva que carrega sem notar. Isso ainda faz com que a pessoa sinta-se uma vítima do acaso, minando sua energia construtiva, capaz de transformar a realidade.

Toda a raiva e ressentimento são formas de escapar de um confronto com conteúdos negados dentro de si. Estar face a face consigo mesmo pode ser muito perturbador e a mais comum e natural forma de fugir é usando a raiva. Você precisa tirá-la da sua frente e às vezes, para fazer isso, é preciso aprofundar-se nela. Talvez você tenha que fazer uma catarse, talvez você tenha que expressá-la até compreender pela sua própria experiência que essa é somente uma estratégia de fuga. Mas para isso, se faz necessário ter disposição para encontrar tais conteúdos dentro de si e poder soltá-los. Soltar essa capa que encobre a verdade de que você é uma manifestação do amor divino.

O amor tem um propósito nesse mundo que é habitá-lo por meio de você, dos seus dons, talentos e habilidades. Isso acontece quando você se sente encaixado, sente-se pertencendo, com o coração aberto. De outra forma, sua personalidade estará agindo em negação a esse fluxo, comprometida com a guerra. O que quero dizer é que se você carrega dores e feridas abertas dentro de si, inevitavelmente sentirá raiva e usará sua energia para culpar o mundo pelo seu próprio fracasso.

Compreenda que a raiva é um mecanismo de defesa contra a dor: dentro de você ainda há um eu machucado que, por mais que já tenha caminhando na direção da cura, ainda não se deu por completo. Até porque, existem feridas e feridas e, às vezes, uma vida é pouco para curar algumas delas. E não adianta se enganar, achar que já se livrou quando ainda está vendo os sintomas dessa dor manifestarem-se em sua vida. É preciso ficar atento com um eu idealizado que gostaria de estar em um lugar diferente do que consegue estar. É preciso ficar atento com o orgulho que se apropria da experiência e diz: “Puxa, de novo estou aqui; eu deveria estar mais evoluído!”

Especialmente se você já está no caminho espiritual, é possível que tenha criado expectativas de poder estar mais maduro, de espelhar mais o amor divino. Porém, quando se depara com a realidade, sente vergonha de ainda estar carregando tanta raiva, carregando ainda tanto desamor. Mas saiba que está tudo absolutamente certo porque o tempo psicológico tem seu ritmo e cabe a você apenas ser honesto para enfrentar a realidade e abastecer-se de firmeza para continuar seu processo de cura.

“Em resumo, estou propondo que você se liberte desse passado e que viva a partir do momento presente. Mas para se libertar do passado é preciso olhá-lo de frente e compreendê-lo.”

Tudo tem seu tempo, mas precisamos aprender a utilizar melhor o tempo colocando foco no processo de auto investigação. Você aprende a usar melhor o tempo quando pode ser cirúrgico em seus processos e direcionar sua energia exatamente para onde ela precisa ir.

Você pode passar a vida tentando entender a sua raiva, a sua inveja, a sua insegurança, brigando com a escuridão e sair sempre derrotado, porque o fato é que é impossível derrotá-la. Lembre-se que ela se dissipa quando você acende a luz, ou seja, quando abre o coração, quando o amor expressa-se. E para isso acontecer, terá que remover essa capa de raiva e de auto-ódio que o encobre. E isso implica em se harmonizar com a sua história, com o seu passado e provavelmente, com a sua família. Não tem como forçar essa cura.

Nesta fase do processo, sua oração deve ser direcionada para estar face a face com esses aspectos que fazem você manter o seu coração fechado. Afirme com o máximo de verdade possível: eu quero ver qual é a minha responsabilidade nesse conflito. Eu me comprometo a ver, por mais que fira a minha vaidade. Revela-me aquilo que está escondido.

É assim que nós vamos lidando com a natureza sombria da personalidade, não importa qual seja o aspecto sombrio que esteja se manifestando. Então, minha amada amiga, aceite todas essas ondulações da energia como materiais de escola. Aceite com alegria essa chance que você está tendo de progredir.

www.sriprembaba.org

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