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Como sair de um relacionamento destrutivo

Anos em um relacionamento nem sempre significa um relacionamento feliz. Seja amoroso, familiar ou até mesmo com amigos, uma relação passa a ser abusiva quando o outro toma as rédeas da sua vida. Aprenda aqui a não deixar que isso aconteça novamente.

Já reparou que muitas vezes, o relacionamento está tão condicionado a rotina que você nem percebe que já não é mais feliz? O medo de ficar sozinha, a carência ou a baixa autoestima impedem você de dar um basta e partir para outra. “Muitas mulheres não cortam os laços desses relacionamentos por não terem autonomia financeira para seguirem a vida sozinha. Outras acreditam que estão passando apenas por uma fase e que, em breve, o outro mudará suas atitudes para melhor, o que na maioria das vezes não acontece”, explica a psicóloga de São Paulo, Marisa de Abreu.

No casamento Muitas mulheres consideram o abuso, principalmente quando motivado pelo ciúme, uma prova de amor, mas se a situação foge do controle e o parceiro passa a controlar suas conversas no telefone, suas amizades, seus gastos no cartão e até mesmo sua relação com a família, chegou o momento de conversar, impor regras e apresentar consequências, ameaçando inclusive por um ponto final na relação.

Nas amizades Sua amiga vive pedindo dinheiro emprestado, se mete no seu relacionamento e toma a maioria das decisões por você? Para Marisa, o que muitas vezes impede o fim de certas amizades, é o medo de não fazermos novos amigos. Se esse é o caso e a amizade em questão é importante para você, o melhor é avaliarem juntas a qualidade da relação em que estão envolvidas. Existe a possibilidade de reverter os momentos abusivos com conversas ou o prejuízo vai além do aceitável?

Na família Muitos parentes, principalmente os mais próximos, acreditam na falsa crença de que o outro não se abala com palavras e atos invasivos. Filhos costumam ver os pais como super-heróis e acham que jamais ficarão chateados com descargas emocionais ou abusivas, afinal, já foram tantas noites sem dormir por causa deles, né? Mas isso não torna os pais imunes a qualquer dor. E o mesmo acontece quando os pais, ao alcançarem uma certa idade, esperam que os filhos vivam em função deles 24 horas por dia. “Toda relação entre parentes pode e deve ter limites”, diz Marisa. Mesmo vivendo em conjunto, é preciso lembrar que cada um tem a sua vida pessoal e deve sempre colocar seus problemas e necessidades como prioridade.

Livre-se dos relacionamentos abusivos em 3 passos:

Aumente a autoestima Você precisa aprender a se sentir merecedora, querida e respeitada dentro de uma relação, sem ser ameaçada, seja física ou verbalmente. Para isso, pergunte a si mesmo em voz alta: “Eu posso viver algo diferente disso?” De acordo com Marisa, quem tem baixa autoestima costuma considerar os desejos dos outros mais importantes que os seus. “Isso, a longo prazo, gera mágoas e a tristeza, aos poucos, ocupa o lugar do afeto.” Pegue uma folha de papel e divida ao meio. De um lado, coloque tudo o que machuca e incomoda na relação. Do outro, os motivos pelos quais você é feliz com ela”. É nesse exercício que você avalia se ela faz bem ou mal para você e, principalmente, pelo o que vale a pena lutar.

Abra mão do comodismo Se o problema for em um relacionamento amoroso, a terapeuta sexual de São Paulo, Arlete Gravanic explica que muitas mulheres se mantêm em relacionamentos destrutivos porque sabem que toda separação gera perdas, seja de espaço, segurança ou patrimônio e ressalta a importância da inteligência emocional antes de romper a relação. “Procure um lugar para ficar, um novo emprego, a garantia e apoio familiar para o momento em que decidir dar um basta no relacionamento.” Ter uma nova vida já planejada ajuda a tomar a coragem que você precisa para dar um passo tão importante: o de assumir que o casamento acabou!

Chega de carência A pessoa carente acredita que ganhou a sorte grande ao encontrar alguém que queira sua companhia. Tanta gratidão e medo da solidão a fazem relevar os momentos negativos ou a considerar menos penoso sofrer ao lado de alguém abusivo do que se ver, possivelmente, sozinha.

Algumas relações – sejam afetivas, amigáveis ou familiares – podem ser revistas, mas tem que ser um desejo dos dois. “Nesse caso a terapia, em dupla ou individual, pode ajudar a equilibrar a relação novamente”, diz Arlete. O importante é não deixar que o relacionamento se torne um vício, principalmente se for alimentado pela dificuldade ou fraqueza do outro.

www.fabianascaranzi.com.br

*Imagens: Pinterest

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