Diferença entre DIU e SIU: especialista explica - por Carla Clara
- Fê Maciel
- 4 de mai. de 2015
- 2 min de leitura
O dispositivo intra-uterino (DIU) e sistema intra-uterino (SIU) são, esteticamente, muito semelhantes. Porém, alguns pontos contrastantes podem determinar quem deve usar cada dispositivo. Conversamos com a ginecologista e obstetra Erica Mantelli para esclarecer quais são as principais diferenças entre os métodos contraceptivos.

Diferenças
A principal função de ambos é impedir o encontro do espermatozoide com o óvulo com o objetivo de prevenir uma gravidez indesejada. O que os diferenciam, no entanto, é a presença de hormônio e o material utilizado. O SIU é feito de um material parecido como um plástico maleável e libera doses contínuas de hormônio no organismo da mulher. O DIU, por sua vez, é geralmente feito de cobre e não libera nenhum taxa hormonal.
Menstruação
A presença de hormônio do SIU faz com que o fluxo menstrual fique cada vez menor e, segundo a especialista, cerca de 45% das mulheres param de menstruar após seis meses. Já a mulher que faz uso do DIU, continua menstruando normalmente e pode até notar um aumento do fluxo e cólicas.
Para quem são indicados?
A maioria das mulheres podem fazer o uso dos dispositivos, basta conversar com um ginecologista para que ele ou ela avalie o que será melhor para o seu organismo. Ambos são indicados para mulheres que não desejam engravidar pelos próprios anos (5 a 10 anos). O SIU, porém, pode ser a melhor opção para aquelas que desejam reduzir o fluxo menstrual, por exemplo.
É seguro?
“São métodos extremamente seguros”, ressalta a ginecologista, afirmando que a eficácia é de mais de 99%, sendo tão confiáveis quanto as cirurgias de laqueadura e vasectomia. No entanto, apesar de ser raro, é possível engravidar caso o uso do dispositivo não tenha sido feito de forma correta ou sem recomendação médica adequada. Por isso, o acompanhamento com especialista é obrigatório. Lembrando que apesar de ser extremamente seguro contra a gravidez, os métodos não protegem contra doenças sexualmente transmissíveis.
Outra vantagem do uso dos dispositivos é a comodidade. A mulher não precisa lembrar de ingerir nenhum remédio diário, como acontece com as pílulas anticoncepcionais. Além disso, tanto DIU quanto o SIU tem validade de 5 a 10 anos dentro do útero da mulher.
Como colocar
A inserção pode ser feita no próprio consultório médico e, em alguns casos, em ambientes hospitalares. Funciona da seguinte maneira: o médico passa o SIU ou o DIU através do canal cervical e o coloca dentro do útero. Apesar de ser um procedimento rápido, pode haver algum desconforto durante a introdução.
São métodos dificilmente contraindicados e, segundo Érica, o uso dos dispositivos não é recomendado somente em casos de mulheres com problemas no colo do útero.
Matéria do site: www.bolsademulher.com